Bejí: o sushi vegano que conquista São Paulo com alma mineira

 Bejí: o sushi vegano que conquista São Paulo com alma mineira

No novo restaurante da Vila Madalena, tradição japonesa e afeto mineiro se encontram em criações autorais que transformam vegetais em arte.

Entre as ruas coloridas da Vila Madalena, um novo endereço vem despertando curiosidade e encantamento entre os amantes da boa mesa. O Bejí, recém-inaugurado em setembro, chega a São Paulo com uma proposta ousada e sensível: oferecer sushis 100% veganos, preparados com delicadeza e um olhar autoral que transforma ingredientes simples em pequenas esculturas de sabor.

À primeira vista, o que se vê são niguiris, uramakis e gunkans — nomes familiares a quem aprecia a culinária japonesa. Mas aqui, no lugar dos peixes, brilham manga, abobrinha, tofu, shiitake e brócolis, combinados com texturas e aromas que traduzem um novo conceito de gastronomia japonesa à base vegetal.

O projeto nasceu em Belo Horizonte, pelas mãos e intuição de Luiz Gustavo Neves Costa e Ana Clara Souza de Oliveira, um casal mineiro que começou a reinventar o sushi dentro da própria cozinha, quando decidiu adotar o vegetarianismo. O que era curiosidade virou paixão — e a paixão, logo, se transformou em negócio.

Sem formação clássica, mas movidos por um apuro sensorial e criativo, os dois conquistaram primeiro os amigos e familiares, depois o público do Mercado Novo de BH, onde o Bejí se firmou como uma das joias gastronômicas da capital mineira. Cinco anos depois, o restaurante chega à capital paulista, levando consigo a mesma essência: cozinha afetiva, estética minimalista e técnica precisa.

Um cardápio de sutilezas e descobertas

O menu, cuidadosamente elaborado, convida o visitante a um percurso de descobertas. Entre os combinados, o Kojin (R$ 88) apresenta 16 peças de quatro variedades distintas, ideal para quem deseja uma introdução à experiência. O Ageru (R$ 92) traz uma sequência de hot rolls vegetais, enquanto o Hinshu (R$ 180) — o mais completo — reúne 32 unidades em uma sinfonia de sabores e texturas, com destaques como uramaki de brócolis com queijo vegetal, uramaki de shiitake empanado, hot de alho-poró com tarê e gunkan de abobrinha com tartare de shimeji.

Nos pratos quentes, o guioza no vapor (R$ 54, seis unidades) combina tofu, legumes frescos, talos de cogumelo e amendoim tostado em um equilíbrio de delicadeza e aroma. O shiitake empanado com maionese de wasabi (R$ 48, oito unidades) traduz o espírito do restaurante: conforto e precisão em um só prato. Há ainda o tradicional yakisoba vegano (R$ 56), com legumes salteados em ponto perfeito.

Às quartas e quintas-feiras, o Bejí abre espaço para o rodízio noturno, um convite à imersão completa na cozinha da casa. Por R$ 160 por pessoa (ou R$ 300 para duas pessoas), é possível provar um panorama completo da proposta — um verdadeiro rito de passagem gastronômico.

Bejí: o nome que carrega um gesto

“Bejí”, em tupi, significa “beijo”. E é isso que o restaurante entrega: uma experiência gentil, silenciosa e memorável — dessas que ficam na memória gustativa e afetiva.

Bejí Sushi Veg
📍 Rua Fradique Coutinho, 1.496 – Vila Madalena, São Paulo/SP
🕒 Quarta a domingo | Rodízio às quartas e quintas à noite
📱 @beji.sushiveg